[polo] Da Arte à Arquitetura: uma reflexão sobre o espaço moderno

A aula da Beá Meira sobre Arte e Arquitetura Moderna foi claramente dividida em dois momentos. O primeiro sobre Arte Moderna, foi um passeio pelos movimentos de vanguarda no começo do século XX; Cubismo, Futurismo, Construtivismo, Dadaísmo. Frutos da Modernidade, estes movimentos foram influenciados pela invenção da linha de montagem e do automóvel. A Arte quer representar o movimento, a velocidade, um mundo em transformação. Para tanto era preciso romper com o passado, o novo é tomado como sinônimo de bom.

A segunda parte da aula, sobre Arquitetura Moderna, agitou os quebradeiros. Depois de expor o projeto do Palácio Capanema, primeiro edifício moderno do Brasil, Beá mostrou fotos da época da inauguração de Pedregulho, conjunto habitacional em Benfica, projetado por Affonso Reidy. Os quebradeiros falaram apaixonadamente sobre a sua relação com o conjunto habitacional, a escola e os outros edifícios do complexo e questionaram o projeto arquitetônico dos conjuntos habitacionais de Manguinhos.

A discussão se estendeu para a relação da arquitetura e da cidade. Ficou clara a importância da inserção do projeto arquitetônico no tecido urbano. Os espaços construídos precisam se relacionar de forma orgânica com a cidade. A Biblioteca Parque de Manguinhos, assim como a maior parte de tudo que foi projetado pelos arquitetos modernos brasileiros, foi estabelecida em “uma terra arrasada”. O tema trouxe à tona o questionamento das quebradeiras Maura e Gleide Guimarães: Como vencer a resistência dos moradores da região a ocupar este espaço?

A aula terminou com uma analise crítica do projeto de Brasília, ícone da Arquitetura Moderna internacional, a concretização dos princípios da Carta de Atenas, documento criado na década de 1930, no Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, o CIAM.