Território da linguagem, pós-aula

A aula começou tradicionalmente com os comentários dos quebradeiros sobre o post da pré-aula. A professora deu seguimento ao tema abordado no ultimo encontro sobre a busca por uma identidade nacional. Foi exibida a fotografia de Marc Ferrez, do século XIX um registro visual da descida de Santa Teresa  tendo ao fundo o Morro do Castelo.

O Morro do Castelo foi o marco da fundação do Rio de Janeiro, tristemente desmontado por ordem do prefeito Carlos Sampaio na década de 20, num longo processo em prol da urbanização da cidade, com a expansão do centro e a criação dos aterros da Urca, Lagoa, Jardim Botânico e outras áreas da Guanabara. Antes a abertura da Avenida Central , que veio a ser nomeada posteriormente de Av. Rio Branco, já havia causado mudanças no panorama da cidade e a destruição de inúmeros cortiços.

Ao mesmo tempo que centenas de famílias perdiam seus lares, o Rio perdia algumas de suas construções mais antigas como a Igreja dos Jesuítas datada do século XVI. Parte fundamental da história da cidade se perdia enquanto o Rio ganhava os ares de Paris e a modernidade avançava em uma nova configuração presente em muitos elementos arquitetônicos e simbólicos da cidade até hoje, como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Como uma cidade destrói a memória de sua própria fundação? Isso provavelmente nunca compreenderemos, mas a história se repete com uma nova onda de desapropriações e demolições provenientes da política de modernização do governo atual.

Hoje podemos redescobrir o Morro do Castelo, e o Rio antigo através da literatura de Machado de Assis, Martins Pena e Aluízio de Azevedo. Celebres obras como Quincas Borba, Esaú de Jacó, o Pagador de promessas e o Cortiço nos envolvem não apenas por redescobrimos um Rio que já se foi, mas por encontrarmos traços marcantes de um identidade nacional apresentadas nessas narrativas

Sandra destacou o fato de que na obra O Cortiço, não há personagens principais, todos possuem seu momento de destaque sendo o próprio cortiço o personagem principal do enredo. Esta é a primeira obra que trata de um coletivo e além disso a primeira obra literária brasileira que descreve não apenas o Rio de Janeiro mas todos os aspectos das raízes da nossa nacionalidade.

Em seguida Sandra Portugal nos apresentou cinco exemplos de estruturas textuais diferentes. São elas: narração, descrição, exposição, argumentação e injunção.

Por fim a professora lançou um novo projeto sobre reencenações que poderão ser realizadas a partir da leitura de um dos três romances: O Cortiço  (Aluísio Azevedo) Esaú e Jacó (Machado de Assis) e Os dous ou o inglês maquinista (Martins Pena) afim de que os Quebradeiros reflitam sobre “qual imagem do país esta sendo construída?”.

rio-tem-o-coracao-arrancado

http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=26105

http://pt.wikipedia.org/wiki/Morro_do_Castelo

http://viagensaorioantigo.blogspot.com.br/2009/05/morro-do-castelo.html

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/historia-do-rio-de-janeiro-e-um-mar-de-equivocos

 

Priscila Medeiros – Bolsista PIBEX PACC\UFRJ

 

Com base no que foi visto na aula, vocês poderão pensar um pouco mais, identificando como se dá o modo de organização dos trechos que seguem nas 4 telas finais.

Aguardamos os posts de vocês com comentários sobre os trechos.