Por: Luana Neves
A Chegança, que aconteceu nesta terça-feira (05), deu início a edição de 2022 da Universidade das Quebradas após dois anos de pausa. A aula inaugural contou com novos e antigos quebradeiros, vários nomes envolvidos na coordenação da UQ e muita música.
A cantora Zilá Lima e a dançarina Yza Diordi ficaram responsáveis por abrir o evento com a performance-ritual “Odoyá, Rainha das Águas”. Em seguida, Rozzi Brasil, quebradeira de 2019, falou dos encontros que a UQ proporcionou em sua vida e conduziu uma série de entrevistas com os 55 quebradeiros presentes e demais convidados de diferentes regiões do Rio de Janeiro. Heloisa Buarque de Holanda, coordenadora do PACC e uma das criadores da UQ, apresentou o curso e falou sobre os módulos que serão trabalhados. Numa Ciro deu continuidade a fala e contou como o projeto nasceu de uma escuta entre as duas.
Também foram ouvidos Leandro Santanna, diretor-geral do Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) e quebradeiro da primeira turma da UQ; Sandra Sérgio, Diretora Executiva do Museu de Arte do Rio; Patrícia Dias e Yago, educadores da Escola do Olhar; e Marcelo Campos, curador-chefe do Museu de Arte do Rio.
Os intervalos ficaram por conta da música do compositor Marquynhos Diniz, que expressou satisfação em poder tocar no mesmo lugar onde anos antes foi preso ao reagir a uma ofensa racista. O músico animou a festa ao lado de Dayse do Banjo, artista musical, Leticiah Santos, intérprete da escola de samba Vai-Vai, Lúcia Braga, percussionista de samba, e da pandeirista Maíra Ranzeiro.
A Universidade das Quebradas inicia seu primeiro módulo, Filosofia – Modos de Pensar, na próxima terça, dia 12. A programação completa do curso está disponível aqui. (Vídeo: Maria Rita Garcez)