Minha cidade, meu lugar
Sandra Lima
Minha cidade, meu lugar, traz em si a bravura dos tamoios, a memória de seu heroísmo.
Entre morros, colégios, rios, mares, capelas, igrejas, sobrados, museus…
entre festas, protestos e procissão…
Vivo nessa cidade, entre brancos, mamelucos, negros e estrangeiros, juntos e misturados.
Cantada por poetas, e músicos a MUI LEAL E HEROICA CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO.
Nasci em berço esplêndido entre importantes palácios, igrejas, museus, bibliotecas, fortalezas, aquedutos e estádios brasileiros.
Nós, cariocas, vivemos entre flechas que voam, perigosas e cortantes,
mas temos a coragem e a fé de um punhado de homens mestiços.
Entre crenças e crendices, vivo eu sobre a proteção do santo, que de setas crivado morreu.
Ser carioca é carregar o brasão da história do país, representar a corte real, e o bravo guerreiro, nessa mistura de classes, de raças e culturas.
Carregamos na memória o heroísmo das gerações passadas, a força de nossos muros e a proteção dos santos em nosso combate!
Terra das cores, dos amores… onde ouço o canto manso… da mulher branca
embalando o menino negro e da mulher negra embalando o menino branco.
Onde o barulho de música surda são negros e brancos dançando juntos
pela noite escura e caminhando lado a lado no sol do dia.
Ouço hinos, modinhas, vozes cantando ladainhas, sambas, hinos
pianos, sermões, orações… terra da liberdade de expressão.
Como profecia cumprida, aqui estou eu, filha da rainha das províncias… carrego comigo coroa real.
Rio de Janeiro, por todos os lados levantada, uma parte no mapa estendida, outra parte elevada nas almas, ocupou seu lugar com mérito PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE.
Aqui vivo eu, entre morro, entre mar, capaz de sofrer sem me queixar.
Que cidade é essa?
Denise Kosta
Essa cidade chama-se Meu Rio.
Então vou falar de um Rio só meu.
Um Rio que, embora maiúsculo, é repleto de afluentes que o modificam a cada novo olhar.
Meu Rio nasceu na Vila, trilhou estradas, subiu quebradas, desceu ladeiras, moveu areias…
até encontrar-se com o mar – e provocou uma tremenda pororoca!
Que fenômeno!
Meu Rio é bravo, é de Janeiro. Como São Jorge, guerreiro: estreitado às margens da política e da violência(!) não se intimida. Meu Rio que apesar da berlinda, lança-se sorrindo pedindo passagem…
Quem resiste a tanta simpatia?
Sim, exagerei. E daí?
Que atire a primeira pedra a cidade sem problemas!
Reconheço que vivo na luta por um jeito.
Seja o seu Rio melhor ou nem tanto, eu respeito.
Mas, com licença? Estou falando do Meu Rio.
Meu Rio que há de seguir fluindo pela cultura,
transbordando criatividade e inundando o mundo de vontade de beber na fonte da sua beleza!
Vai, Rio.
Você é meu tesouro que não fica de herança, que pena!
Porque duvido que alguém tenha um igual.
Herói da Comunidade
por Feijah’N, 2008.
Estamos num mato sem cachorro
Pra todo lado só horrores
Seja no centro ou subúrbio da cidade
Dentro do lar tem um tesouro
A mãe que sofre pelo filho
Sem reclamar… Vem dela o valor do homem
Que desperta e revela seu poder
De artista, corredor… Astronauta, jogador…
Vão à luta, sobrevivem, dão exemplo…
É lutando que nos podem dar
um orgulho para todos da comunidade… } Refrão
Evitando sucumbir… Jamais!
Realizando seus sonhos… Na comunidade
Mesmo havendo o opressor
Sim reconheça seu valor
Pois aquilo que não te mata fortalece!
E se há juras de amor
Ter o cuidado é muito bom
Pare e reflita o que a pessoa tem no íntimo
Na madrugada, toda gata é como lebre…
Seja malandro, fuja disso, pois entende…
É lutando que nos podem dar
um orgulho para todos da comunidade… } Refrão
Evitando sucumbir… Jamais!
Realizando seus sonhos… Na comunidade
Seja um herói, seja um herói, seja um herói… Da comunidade!
É lutando que nos podem dar
um orgulho para todos da comunidade… } Refrão
Evitando sucumbir… Jamais!
Realizando seus sonhos… Na comunidade
Seja um herói, seja um herói, seja um herói… Da comunidade!
Seja um herói, seja um herói, seja um herói… Da comunidade!
É lutando que nos podem dar
um orgulho para todos da comunidade… } Refrão
Evitando sucumbir… Jamais!
Realizando seus sonhos… Na comunidade