Respirar, relaxar, ouvir, silenciar. Na última terça, os quebradeiros experimentaram exercícios e vivenciaram sensações que apenas a meditação oriental pode oferecer. A professora convidada Alba Lírio, musicista especializada em dança e música indianas, levou para as Quebradas um pouco da espiritualidade e dos conhecimentos de uma cultura indiana.

Formada em jornalismo no período da ditadura e desiludida com seu destino como profissional de comunicação numa época de opressão, Alba resolveu se dedicar à música e descobriu a paixão pela cultura indiana. Desde então, a musicista se dedica à pesquisa sobre a música indiana relacionada aos cantos indígenas e à música de matriz africana.

Na Universidade das Quebradas, a convidada colocou os alunos para cantar mantras e deixar aflorar as mais diferentes emoções. Entre um exercício e outro, Alba mostrou a semelhança entre as manifestações culturais indígenas, africanas e indianas. Em todas essas culturas, a música tem ligação direta com a espiritualidade e a saúde, sendo cantada para adoração e também para trazer bem estar.

Por meio dos passos em direção à terra das danças indígenas, do balanço dos quadris de origem africana e dos leves movimentos indianos de braços e mãos, as Quebradas viraram um centro de meditação, concentração e exploração do corpo. Numa aula renovadora, estresse, preocupações e dores foram aos poucos esquecidas.

Para quem não participou da aula, vale ressaltar a dica da Alba de que o silêncio é onde mora a espiritualidade e o equilíbrio. Então, quando estiver em situação de aflição e tensão: feche os olhos, respire, silencie e ouça, sem se prender, ao que está a sua volta. Se quiser fazer uma meditação, a sílaba raiz indiana “om” é um ótimo mantra.

E para quem pretende praticar em casa o que aprendeu na última terça, consulte no PPT as sílabas raízes das três culturas estudadas.

Por Júlia de Marins – Bolsista PIBEX/ECO – 3 de abril de 2013