Nesta quinta-feira, 27 de março, realizaremos na Escola do Olhar a continuação do Curso Pernambuco Experimental: Arte e Pensamento Social, os debates desta semana terão como foco a produção cinematográfica da década de 1970, a obra do artista Paulo Bruscky e o pensamento social de Gilberto Freyre.
Contamos com a presença de todos!
CURSO PERNAMBUCO EXPERIMENTAL: ARTE E PENSAMENTO SOCIAL
Dia 27/03 – Das 14h às 16h30 – O Super 8 em Pernambuco: outras cenas da vida brasileira
Com Alexandre Figueiroa [UNICAP – PE]
Sinopse: Entre os anos de 1973 e 1983 Pernambuco viveu uma intensa movimentação artística com a produção de filmes utilizando a bitola super 8. Essa produção envolveu artistas plásticos, estudantes universitários e cineastas amadores e marcou um dos períodos mais criativos da vida cultural do estado. Alguns dos realizadores como Jomard Muniz de Britto, Paulo Bruscky, Geneton Moraes Neto e Amin Stepple se destacarão por realizarem curtas abertos ao experimentalismo estético e aos questionamentos de ordem política e comportamental. Conscientes das limitações da bitola esses cineastas produziram um conjunto de filmes cujo viés mais significativo foi esboçar uma resistência à cultura oficial e valorizar um cinema autoral, uma marca que permanece até hoje na produção cinematográfica de Pernambuco.
Dia 28/03 – Das 14h às 16h30 – Recife – Mundo , anos 70: circuitos artísticos alternativos
Com Cristina Freire [MAC USP – SP]
Sinopse: A palestra abordará a relação entre arte-vida-experimentação a partir de alguns circuitos de trocas estabelecidos entre artistas, com ênfase na obra de Paulo Bruscky.
Dia 29/03 – Das 10h às 12h30 – Chuvas de Verão: antagonismos em equilíbrio em Casa-Grande e Senzala de Gilberto Freyre
Com Ricardo Benzaquen [PUC-RJ]
Sinopse:A palestra irá se concentrar na análise de Casa-Grande & Senzala e de alguns outros livros publicados por Gilberto Freyre –em particular- na década de trinta, chamando a atenção para o fato de que ele lida com uma concepção de cultura extremamente híbrida e sincrética, no qual as diferentes tradições aqui reunidas–tingidas pelo excesso, sobretudo de natureza sexual-jamais chegaram a se fundir em uma identidade nova e exclusiva, pois sempre guardaram ao menos parte das características que marcaram a sua gestação. Resumida na expressão “antagonismos e equilíbrio”, essa concepção converte o brasileiro em uma figura até certo ponto peculiar, visto que, sempre se equilibrando entre visões de mundo bastante distintas, ele se mostra incapaz de cultivar uma personalidade mais uniforme, rígida e constante.