Além das incontáveis ações realizadas hoje, em prol do 30 de abril, Dia da Baixada Fluminense, tive a grata satisfação de apreciar as performances dos Poetas de Rua, no SESC Nova Iguaçu, enquanto recepcionava os escritores, na exposição Autores e Livros Baixada Fluminense.

Slow Dabf, A Rede Enraizados, Dudu Morro Agudo, Luiz Carlos Dumontt, Samuca Azevedo, entre outros, mandando ver no melhor estilo da cultura Hip-Hop da região.

Mais uma vez encantada com nossa diversidade artística.

Eu tenho muitos motivos para me congratular com o meu povo baixadense, que a medida que padece pelos desgovernos, também se abrilhanta com suas potências.

Povo aguerrido, valoroso, persistente, determinados em trabalhar e fazer a diferença.
Esta Baixada Fluminense, com suas vertentes, inumeráveis idiossincrasias, é o meu lar, enquanto aqui eu coexistir.

Essas palavras vieram num rompante, quando fiquei incomodada com os sentimentos de algumas pessoas quanto ao fato de se enaltecer a Baixada.
… Pois tenho o cuidado de não-falar em comemoração, pelas seguintes orientações do Fórum Cultural da Baixada Fluminense:

Sobre o 30 de abril, Dia da Baixada:

1º. Breve exposição sobre a importância histórica da Baixada;

2º. Destacar os valores naturais, ecológicos, sociais e humanos, sua importância política e econômica e a responsabilidade que cada baixadense tem com o desenvolvimento humano, social e moral de sua região;

3º. Abrir debate sobre os problemas do cotidiano da região, visando a melhoria da qualidade de vida na Baixada Fluminense.

Link:
http://www.forumculturalbfluminense.org.br/diadabaixada.html

Ficou claro pra mim, desde o início da caminhada, que para mobilizarmos as pessoas, é necessário acolhê-las. Naquele primeiro encontro no ano 2000, baseado em números contundentes, concluímos que o povo da Baixada Fluminense apesar de valoroso, não se impunha como verdadeiros cidadãos; e para isso empenhamos, desde então, muitas energias, num movimento em prol do enaltecimento do que temos de melhor, estabelecendo o 30 de abril, Dia da Baixada, que se tornou a LEI Nº 3.822, de 02/05/2002, e Prêmio Baixada (desde 2002).

Claro que precisamos trabalhar muito (e muito), para chegarmos ao ponto ideal no sentido de exercer melhor a nossa cidadania (cobrar e fiscalizar as gestões públicas por exemplo), porém me sinto no direito de trabalhar por essa causa, da forma que sei fazer.

Por isso, uma vez, mais fico grata pela oportunidade em me dar voz nas Quebradas.

Por Claudina Oliveira

Foto de Claudina Oliveira da apresentação de Dudu Morro Agudo no Sesc Nova Iguaçu