Interação Museu – Sociedade

No segundo momento da aula do dia 12/03 os convidados Luís Guilherme Vergara, Jéssica Gogan e Mara Pereira coordenadores do Núcleo Experimental de Educação e Arte do MAM, propuseram uma reflexão sobre as relações entre museu e sociedade. O museu é um espaço de celebração da memória da sociedade. Discorrendo sobre o conceito de público nas artes visuais, passando pelos salões fanceses do século XVIII, que eram reuniões privadas em que se discutia filosofia, literatura e arte.

No contexto brasileiro artístico pós moderno, Luís citou o pioneirismo de Hélio Oiticica, que rompe com o sentido de sua própria prática artística e propõe uma interação com o público ao criar seus parangolés. No parangolé, o sujeito veste a obra e torna-se parte dela, é uma celebração do corpo. Depois, Jéssica Gogan falou sobre o ‘ Abrigo de Experiências Poéticas’, projeto do MAC de Niterói que fez parte da exposição ‘Abrigo Poético Diálogos com Lygia Clark’, que levou para o museu grupos isolados da produção artística contemporânea, abrindo o museu para uma ação com o público que envolveu arte, cidadania e educação. O objetivo foi mostrar a importância e o potencial da educação através da arte e da formação do olhar.

Esse repensar o lugar da arte e a identificação de novos campos relacionais nos mostra as chamadas ‘realidades invisíveis’.

Os curadores estão preparando uma parceria entre o Instituto Mesa e a Universidade das Quebradas. A ideia é propor um trabalho para formação de curadores/artistas/educadores, quinzenal aos sábados no MAM-RJ e no MAC de Niterói com a participação de 15 quebradeiros.

 

Por Bárbara Reis, Bolsistas PIBEX/UFRJ