Livre adaptação do livro “Os Trabalhadores do Mar” de Victor Hugo, elaborada e dirigida por Pedro Marcos de Oliveira, a montagem de “GILLIAT” é o resultado do trabalho de pesquisa da Cia. mineira Gesamtkunstwerk que há 23 anos se apresenta no Brasil e no exterior. O Gesamtkunstwerk tem em seu repertório espetáculos que vão de Willian B. Yeats a Virgínia Woolf passando também por inúmeras montagens de autoria do próprio diretor.
Dentro de uma sala de teto imponente, velas se espalhavam pelo chão e demarcavam o que ali se tornaria palco de um espetáculo. Dois atores em cena, dentre eles o quebradeiro Marco Andrade, e uma plateia ansiosa. Esse foi o clima de sábado, dia 10 de outubro, na peça Gilliat, uma livre adaptação de Pedro Marcos Oliveira para a obra Os trabalhadores do mar de Victor Hugo. O espetáculo ocorreu no Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho, o Castelinho do Flamengo, às 20h.
Com um brilho intenso nos olhos, o quebradeiro Markim e Maria Julia Garcia, ambos da Cia Gesamtkunstwerk, transformaram a sala em diversos cenários. Com uma interpretação expressiva, eles se transfiguravam em muitos numa velocidade incrível. Era uma grande metamorfose a todo o momento. Entre corujas piando e um forte frio na virilha, os personagens ganharam vida no palco improvisado.
“O Marco é uma pessoa incrível! Agradeço às Quebradas por ter proporcionado esse encontro maravilhoso. Gilliat foi a confirmação disso. Foi a primeira vez que o vi no palco e foi ótimo. Fiquei impressionada com a nuance do personagem, e em como ele transformou algo muito denso em algo muito grave”, contou a quebradeira Emília Alcoforado, que foi assistir ao espetáculo na companhia de seus amigos do projeto Laencasa, apresentado no 2◦ Território.
A Universidade das Quebradas tem o prazer em parabenizar o espetáculo, especialmente, nosso querido quebradeiro Markim!
Por Mariana Mauro (Bolsista PIBEX – ECO/UFRJ)