A próxima aula no polo da Universidade das Quebradas na Rocinha será com o poeta Salgado Maranhão.
O poeta Salgado Maranhão é personagem fundamental na formação da poesia brasileira contemporânea, nasceu em Caxias do Maranhão, no povoado de Cana Brava das Moças em 1953, no nordeste brasileiro. Durante quinze anos aprendeu “o milagre das sementes”. Quando a poesia, “foi se alojando aos poucos nos latifúndios do coração” , mudou-se para Teresinha, onde soube com sensibilidade trabalhar questões e conflitos de sua terra, que expressam de forma contundente o drama do homem que vive o impasse ante a dor e o silenciar da própria existência. Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro, a “Cidade Maravilhosa”, onde concluiu seus estudos e vive até hoje. A vasta produção do poeta Salgado Maranhão é reconhecida por diversos prêmios. Inicia-se com a edição de uma Antologia Ebulição da escrivatura (1978). Já encontraremos o espírito criador do poeta, disposto a reverenciar as ilusões do mundo que é o mistério da sua arte e se lançar por caminhos sinuosos, evidenciando seu engajamento com o cotidiano vivido na dimensão, ao mesmo tempo escura e vibrante do corpo. Pois, o centro de seu interesse é o próprio ser, enquanto pensamento e linguagem. Posteriormente publicou os seguintes livros: Punhos da serpente (Achiamé, RJ, 1989); Palávora (7Letras, RJ, 1995 ); Em 1998, ganhou o prêmio “Ribeiro Couto”, da União Brasileira dos Escritores (UBE), com o livro O beijo da fera. (1996); sua antologia Mural de Ventos foi o vencedor do Prêmio Jabuti em 1999; em 2002 publicou a antologia Sol Sanguíneo. Nessa antologia surge o que poderíamos denominar de um ser verbal, puro e simples que tende cada vez mais a encarnar-se. Em seguida, publicou as antologias: Solo de gaveta e Amorrágio (2005). Concerto a quatro vozes (2006), A pelagem da tigra(2009), A Cor das Palavras.( 2009). Em sua antologia Sol Salnguíneo foi traduzida para o inglês por Alexis Levitin com o título: Blood of the sun. Autor da canção tema da peça Curral das Maravilhas, de Jonas Bloch, encenada no teatro Glauce Rocha, em 1979 e do filme Boi de Prata, de Augusto Ribeiro Junior, produção da Embrafilme, 1980.
Imagem: a partir de foto de Daniele Ramalho