No último dia 28 a poesia performativa pernambucana contemporânea tomou conta da Universidade das Quebradas. O bate papo aconteceu com Valmir Jordão, uma das figuras mais importantes desse cenário. O poeta apresentou-se declamando um poema em homenagem aos 300 anos de morte de Zumbi. Logo depois, emendou os poemas ‘Justiça Social’ e ‘Matemática Urbana’.
A contextualização do cenário da poesia contou com a participação do pesquisador visitante do PACC (e poeta nas horas vagas), André Telles do Rosário. Estudioso da obra de Miró e França, conhecido como os primeiros ‘poetas marginais’, André explicou como durante os anos 80 alguns poetas radicados no Recife começaram a fazer poesia nas ruas do Recife, capital pernambucana. Conhecidos como ‘poetas marginais’, essa geração de poetas começou a recitar sua poesia pelas ruas e a vender seus livretos em bares, mercados e outros lugares da cidade.
Valmir define a poesia marginal como cínica, visceral. Ele trouxe a ideia de que a poesia nos faz perceber o que de nós mesmos pode ser percebido no outro. Ele separa a poesia em três categorias: cordel, acadêmica e urbana/marginal. Com a ideia de que é mais fácil determinar o que não é poesia do que o que de fato é, Valmir e André transformaram a aula em um grande recital, abrindo espaço para perguntas e para os quebradeiros declamarem suas próprias poesias.
interpoetica.com: Site que reúne toda produção dos poetas marginais pernambucanos
http://poetafranca.com/: Site que reúne a obra do poeta França, um dos pioneiros na poesia marginal
Bárbara Reis – Bolsista Pibex PACC/UFRJ