Na aula do dia 01/09, A Poética do Cordel, o professor Aderaldo Luciano tenta aclarar o confuso paradigma poético-musical nordestino no qual o Forró, na música; e o Cordel, na poesia, tornaram-se nomes gerais para diferentes gêneros. O forró gradativamente foi reduzido a toda música na qual haja o instrumento conhecido concertina, fole, acordeona, acordeão entre outros, sendo, inclusive, confundida com seu irmão menor em tamanho físico fole de oito baixos, o pé-de-bode.
Por sua vez, o cordel passou a ser todo tipo de manifestação poética cuja métrica, rima e musicalidade se consumavam na declamação ou no cantar de poetas repentistas, emboladores de coco, poetas matutos, glosadores, empulhadores, puxadores de benditos e ladainhas.
Para lançar luzes sobre a questão, esta aula parte do trabalho investigativo para apresentar um resultado que mescle pedagogia/entretenimento/cultura no desmembramento das categorias Forró em xotes, baiões, xaxados, rojões, frevos e arrasta-pés e Cordel em poemas matutos, cordel, emboladas, glosas e modalidades da cantoria nordestina.
Pensando em resolver os conflitos resultantes da falta desse conhecimento é que Aderaldo propõe este experimento. O professor espera, com isso, abrir o horizonte para que as gerações futuras procurem fomentar a inserção dessas categorias em seus devidos lugares, brasileira.
Leitura recomendada:
– Literatura de cordel – no blog, buscar no campo de busca o termo “literatura de cordel” e ler os tópicos listados.
http://aderaldo.tumblr.com
http://adercego.blogsome.com
http://www.apropucsp.org.br/apropuc/index.php/revista-cultura-critica/31-edicao-no06/252-literatura-de-cordel-literatura-brasileira
Texto: Joana D’arc Liberato
Foto “Cordel de São João” por abelmon007 – CC BY-SA 2.0