Na proxima quinta, a professora Beá Meira vai fazer um panorma do romantismo nas artes visuais, relacionando o romantismo e o neoclacissismo no Brasil e na Europa. Segundo Beá Meira:
“O século XVIII é um marco na história do ocidente. No início do século a Europa era ainda, econômica e politicamente, presa ao modelo feudal.
O poder e a riqueza estavam centralizados nas mãos da elite aristocrática que controlava a terra. No final do século, entretanto, a situação havia modificado; uma nova fonte de riqueza, a manufatura industrial foi estabelecida na Inglaterra. O desenvolvimento tecnológico inglês foi decisivo para sua expansão comercial.
As transformações econômicas, chamadas de Revolução Industrial, só foram possíveis por causa das revoluções políticas, que abalaram o ocidente; a revolução americana de 1776, que trouxe a independência aos EUA, e a revolução francesa de 1789, que deu fim ao absolutismo.
Dois estilos artísticos prevaleceram no final do século XVIII, o neoclassicismo e o romantismo. Embora esteticamente estas correntes representem interesses que se contrapõem, os dois estilos buscavam seus fundamentos no passado.
O neoclássico, em essência, consistia em retomar os temas clássicos, mitológicos ou históricos, buscando inspiração novamente nas culturas Grega e Romana.
O Romantismo está ligado à idéia de imaginação e emoção e é freqüentemente entendido como uma reação à racionalidade que dominou o século XVIII. A palavra “romântico” servia para descrever não apenas um estilo, mas uma atitude que celebrava o individualismo e a subjetividade, em oposição à universalidade e a objetividade dos ideais clássicos.
No Brasil, durante o século XIX se estabelecem as instituições culturais. O neoclássico é trazido pela Missão Francesa e o Romantismo inspira a sociedade na luta republicana.”
E aí vai perder?
Texto: Joana D’arc Liberato
Foto: Claudia Ferreira