Essa foi uma aula importante e complexa. Mais do que definições sobre curadoria em arte, propôs interprestações e medição de significados, e isso feito por um curador de museu, dentro do museu. Ou melhor, por uma jovem curadora o que também foi um diferencial. Nessa pós-aula temos a inclusão da apresentação feita pela Clarissa Diniz no dia da aula. Quebradeiro, é fundamental que leia a pós-aula e deixe seus comentários ao final. Vamos enriquecer nossas trocas.

Abraço,

Felipe Boaventura

Universidade das Quebradas

por Octávio Neto  – Bolsista PIBEX PACC\UFRJ

A aula de 14/10/14 na Universidade das Quebradas teve como tema “Curadoria – Entre a especialização e a atividade”, e foi ministrada por Clarissa Diniz, uma das curadoras do Museu de Arte do Rio (MAR). Com uma formação teórica e crítica apurada para a pouca idade, a curadora pernambucana, de apenas 28 anos, tem se destacado no museu. Através de questões referentes a ação do curador, buscou-se um diálogo sobre o que seria e como funcionaria a curadoria.

O curador seria um profissional capacitado, responsável pela concepção, montagem e supervisão de uma exposição de arte, além de ser também o responsável pela execução e revisão do catálogo da exposição. Existem curadores de caráter público ou privado, e podem atuar em galerias de arte, museus e fundações. Geralmente são especialistas em História da Arte, Filosofia ou Estética. A palavra “curador” vem do latim tutor — “aquele que tem uma administração a seu cuidado”. É importante para o curador ter o rigor de pesquisador e curiosidade sobre o restante do Brasil, e criar exibições problematizadoras, o que é um olhar bem raro.

A curadoria é um oficio? Sim, é uma vertente muito recente, a partir dos anos 2000, advinda do processo de especialização como mestrado e cursos, porém não é uma ideia unívoca dentro da arte. Clarissa citou suas tarefas principais no Museu de Arte do Rio com o intuito de clarear a função de curador e até incentivar algum Quebradeiro que queira seguir pelo caminho.

A curadora também falou sobre um atual contraponto entre Arte X arte e como isso pode ser nocivo. A arte é vista como a experiência sensível da vida, já a Arte pode ser compreendida como o mundo institucional da arte. Assim, quando ela se torna institucionalizada, grande parte de sua potência é perdida.

Leitura complementar:

Mário Pedrosa: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa445/M%C3%A1rio-Pedrosa

Site do MAR

Projeto novos/outros curadores

A apresentação feita pela Clarissa Diniz em sala: