Desejo a todos um novo ano novo. A começar por fugir dos clichés. Nada pode ser tão impessoal, tão emprestado (e tão imprestável) como um cliché. E como já dizia minha bisavó: “Quem empresta, não presta”. Por tanto, faça um ano novo seu.
Sente com uma folha de papel em branco, um lápis e escreva. Rabisque mesmo. Apague com vontade, reescreva, desenhe, e não esqueça de colorir… Crie um ano realmente novo.
Não tenha medo de voltar e refazer. Reveja a vida, reveja conceitos, reveja-se. Mas para cada passo dado pra trás, dê cinco pra frente.
Cante mais vezes e mais alto as suas músicas favoritas, mas também deixe espaço para ouvir as que ainda não foram ouvidas.
Descubra-se, descubra o mundo, de dentro pra fora, de fora pra dentro, de cima a baixo e vice-versa… E versa-vice, por que não?
Critique o que julgar incorreto, impróprio, imoral… Mas faça isso com propriedade. Espalhe por aí a transformação que só um bom exemplo pode promover.
Tire mais tempo pra olhar pela janela. Seja em casa, no trabalho, onde for. A cada dia a natureza prepara uma nova paisagem esperando que você a descubra e se surpreenda, não a decepcione. Uma surpresa desabrocha na riqueza de cada detalhe do cotidiano. Vai deixar passar?
Não veja para crer, creia pra ver. Nosso olhar sobre o mundo é único, insubstituível e só por isso já merece ser compartilhado.
Toque. Dentre tantos os bilhões de pessoas que habitam este planeta, você, e só você, possui esse formato de digitais gravado nos dedos. Não perca a chance de deixar sua impressão e de impressionar.
Seja útil. É fundamental estar consciente da razão de sua existência. Se as coisas não estão do jeito que gostaria, transforme-as. Só você tem esse poder. Se ainda não souber como, eu dou uma dica: seja caridoso. Não há bem maior que aquele que fazemos para os outros. O melhor anestésico para as dores da vida é a sensação de gerar felicidade para o próximo.
Aprenda com os erros. Seus e dos outros. Mas não se recrimine. Não carregue consigo maior jugo do que aquele que lhe compete. Observe bem e verá que a maior parte dos problemas que te afligem são inventados por você mesmo.
Desapegue. Livre-se de uma vez por todas daquilo que não lhe convém e esteja seguro de que nunca é tarde para recomeçar.
E por fim, ame. Esse é cliché, eu assumo, mas é válido. Ainda não inventaram sentimento mais poderoso que o amor. Por isso, ame sem medo. Comece amando a si mesmo e verá como essa energia se perpetua em tudo o que faz e a todos que encontra. Só não é feliz quem desiste de amar.
Pois que venha o ano novo e que seja, acima de tudo, novo.