Nos cotovelando nos vários meios de transporte
Saímos de serras, baixadas, interiores e periferias
Quebrando medos, preconceitos, paradigmas e hipocrisias
Fazendo no anonimato da diversidade um profundo corte
Fazendo de toda arte comunitária universal
Casual entrosamento de várias coletividades
Viva sintonia entre a Academia e as pessoas em geral
A cultura do povo gritando nas universidades
Terças incandescentes despertando gigantes em quebradeiros barulhos
De humildes que não se humilham e levantam solenes seus fachos
De luzes que iluminam suas vozes em diferentes arrulhos
Sentimento híbrido que é ao mesmo tempo fêmea, ao mesmo tempo macho
É a vida nos convidando a um intenso mergulho
De sentir a arte da periferia virando o status quo de cabeça para baixo
Marcio Rufino é poeta, Quebradeiro da quarta edição