A aula de poesia modernista no Brasil foi um passeio de Fred Coelho pela história da arte moderna no Brasil, afinal começar com o poema Meus Oito anos de Casimiro de Abreu e terminar com o rap Bogotá do rapper paulista Criolo é uma viagem de quase 200 anos.
A referencia aos poetas românticos foi a forma de marcar a transição do Romantismo para o Modernismo e mostrar o esforço dos modernistas para romper com os padrões românticos, naturalistas e incorporar as vanguardas européias no fazer poético brasileiro, criando os versos livres e falando de temas cotidianos e objetivos, diminuindo a importância do sentimento do sujeito para destacar a critica e a observação dos fatos, numa linguagem coloquial, direta e de fácil entendimento.
O Modernismo divide-se me 3 fases cujos principais representantes são, respectivamente:
1ª fase (1922-30)-Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Manoel Bandeira. Caracetrizada pela ruptura e radicalismo. Oswald publica a Poesia Pau-Brasil, o manifesto modernista.
2ª fase (1930-45)- Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles e João Cabral de Mello Neto. Caracterizada por uma maior adesamento formal, e maturidade de temas, afinal era o período da 2ª.Guerra e do Estado Novo, além da diversificação regional.
Caminhando pela História do Brasil, Fred, expôs a relação do surgimento da sigla MPB (Música Popular Brasileira), no fim dos anos 60, período da Bossa Nova, com os ideais modernistas, tendo a idéia de musica engajada e popular ligada a idéia de povo construída pelo modernismo: agrário e urbano, pescadores, vaqueiros, pobres; e brasileira no sentido de possuir a identidade nacional.
Dando um novo colorido, aliás com a adoção de uma paleta de cores forte e variadas surge o Tropicalismo que rompe drasticamente com a musica que estava sendo feita ate então se apropriando dos meios de comunicação de massa para difusão da cultura popular para a massa, com um impacto visual, instrumental, utilizando principalmente a juventude,numa possibilidade maior de acesso a cultura internacional e de valorização da cultura nacional . Torquato Neto em Geléia Geral faz um verdadeiro Manifesto Tropicalista.
Veja os slides da aula:
No segundo tempo, a Universidade das Quebradas teve um ilustre visitante, o “Quebradeiro-mór”, George Cleber Alves da Silva, ou simplesmente “Binho”, presidente do Centro Cultural A História que Eu conto, localizado em Vila Aliança, Zona Oeste do Rio.
Binho foi falar sobre a elaboração de projetos culturais e todos se surpreenderam porque ele falou sobre o sentimento, da importância de se colocar no projeto, não só no estilo de escrita, mas principalmente de se doar, colocar a alma, encarar o projeto como uma parte sua. Somente assim se pode vender bem uma idéia, partindo do auto-conhecimento e colocando a sua essência nele, buscando sempre se qualificar.
No final, Binho pediu para dividir uma folha A4 em quatro partes e escrever em cada uma, separadamente: O sonho, Onde quero chegar, Como quero chegar e o Projeto. Nas próximas duas semanas Binho volta para nos ensinar como projetar um sonho, e mostrando como sonhar juntos, nos ajudar a projetar e a realizar os sonhos.
Texto: Joana D’arc Liberato