No Encontro do dia 22 de janeiro Pablo Ramoz e Sandra Portugal conversaram sobre pontos importantes na elaboração de um projeto. Veja a seguir alguns assuntos abordados:
Avaliação do período de execução projeto:
A importância de prever, com clareza, as estratégias e ferramentas de avaliação da proposta cultural (partindo dos objetos específicos), a capacidade de adquirir e gerenciar parcerias e as possíveis contrapartidas ao patrocinador. A avaliação pode ser um item do projeto, que pode nortear o parecerista sobre a capacidade exequível do projeto;
Planilha orçamentária:
Falamos sobre os itens, rubricas, e disponibilizamos a pesquisa da FGV por encomenda do Minc, com referência de valores de mão de obra e serviços no âmbito cultural;
Cronograma de atividades:
Esse item, que pode estar disposto em planilha do excel, deve estar de acordo com a metodologia e objetivos específicos do projeto. Ele permite analisar a capacidade de organização para realização da proposta;
Planejamento de desembolso financeiro:
Esse item requer uma atenção do proponente e está ligado à fase de prestação de contas. Falamos do exemplo das chamadas públicas da SEC-RJ/fomento direto, que define alguma regras como: pagamento de serviços e mão de obra exclusivamente por cheque, abertura de conta específica para o projeto. Em caso de pagamento por RPA-Recibo de Pagamento de Autônomo, é necessário o recolhimento devido dos impostos trabalhistas (11% do trabalhador e 20% de cota patronal). Os gastos com a cota patronal podem estar dispostos na planilha orçamentária, no entanto, é imprescindível que o proponente preveja o quantitativo de desembolso por RPA que vai haver durante toda a a execução;
Prestação de contas:
Conversamos sobre o prazo de entrega das contas, no Estado são 60 dias após a execução. Aconselho a todos que pretendem propor ou estão executando projetos com recursos da SEC-RJ a ler a Resolução 205/2008 e seus anexos;
Economia Criativa:
Conversamos sobre a Economia Criativa, que se especula ser a responsável por 8% do PIB global. Um dos exemplos criativos de que falamos foi o “crowdfunding” (financiamento coletivo), que estourou em outros países e que, no Brasil, já está com sua atividade organizada em sites especializados. E propusemos a criação de um “cluster” dentro da UQ, um espaço onde haja uma troca de saberes/fazeres/expertises, num ambiente de produção cultural, um escritório modelo com o objetivo de fomentar o desenvolvimento territorial, que envolva os “quebradeiros” com interesse no assunto, “encruzilhando” os espaços-tempos.
Interessante acrescentar que o Minc-Ministério da Cultura criou uma Secretaria Nacional de Economia Criativa e desenvolveu um Plano de políticas, diretrizes e ações de 2011 a 2014.
Vale a pena os Quebradeiros se ligarem nessa!
Por Pablo Ramoz