15 de novembro, Proclamação da República, feriado nacional. Até aí nada demais. Mas, e quando um grupo se une para alimentar os olhos da alma com arte? Foi exatamente isso o que aconteceu durante à tarde, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), na Cinelândia: uma visita guiada orientada pela Beá Meira, com a presença de Amara Rocha e organizada por Rosangela Gomes.
Beá fez os Quebradeiros pensarem nas obras de arte não apenas como uma manifestação da criatividade e talento do artista, mas na relação delas com o contexto histórico-politico-social, bem como da intenção do autor de provocar, questionar ou reiterar os costumes da época. Começando pela arte brasileira do século XIX, passando pelo XX, até chegar na Arte Contemporânea. Foi possível ter um panorama geral das características de cada período e de como a arte evolui(u) junto com a sociedade.
Os Quebradeiros, inclusive esta que escreve essas linhas, ficaram admirados com a leitura feita e transmitida por Beá. Ela não se focou na análise técnica da obra. Ao contrário o tempo todo a intenção era pensar nas relações existentes ali. Em algumas paradas, inclusive, ela pedia para que os alunos dissessem qual a primeira impressão transmitida pela obra, e então ela ampliava a discussão, nos fazendo prestar atenção a detalhes inicialmente desapercebidos.
A visita ao MNBA foi praticamente uma extensão das aulas de Beá, só que ampliada. Pois, pudemos perceber que a leitura de uma obra não necessariamente tem que ser técnica, já que técnica sem sensibilidade é nula e mais importa olhar com a alma do que com a lupa.
Texto: Joana D’arc Liberato