Debate, pensamento, reflexão. As aulas da Universidade das Quebradas têm inspirado os quebradeiros a produzirem várias formas de expressão, seja foto, música, poema, crônica, ou apenas comentários intrigantes. Confira abaixo os textos de Mônica Rocha e Tetsuo Takita:
Saberes Poesia e Tal
A minha fala tem
Se penso, já sei por que não sei é o averso a ditadura
Seu engajamento verbo é timbre agudo, tic, tic, tá polifonia dos saraus
É que a liberdade de expressão grita de cima do morro, rola na favela a luz de velas
Quebre todas as muralhas do território, tem febre de cultura nas ruas.
Zas, fanzines, rodas de poesias, samba, pa, pa, pa, pa, eu e ela pelas ruelas.
Lindas negras,
Tracctraracttt, a verdadede só cabe no espaço que dou, e se não der vai doer em quem?
Sò os filósofos ficaram de bunda para lua, aguenta essa, eu me inundo de lua.
Quando mingua minha voz e gota. Lua cheia vazando no buraco do casebre da
favela. A lua não está para dias duros da periferia ela é toda ocupação que desejo.
A linguagem que garimpo tem rima e ginga, ta, ta, ta, ta, ta
Te escrever não é o todo e agito o corpo, sou descarga de literatura corporal.
A
Mônica Rocha (Quebradeira do Pólo UQ Biblioteca de Manguinhos)
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Não sei o que mais gosto se é de filosofar em alemão ou aportuguesar as coisas com as palavras soltas aparentemente desconexas começo um negócio chato de ter que falar correto, discorro no erro de achar que o mundo me erra. Catástrofe achar que a língua é morta se ela pode ser
língua de fogo e libidinosa. Linguística e filosófica à la Charles ou à la Sandra, bailar com os filósofos ou numa partida de… luta corporal no universo virtual do videogame sim! Já existe um “Street Fighter de filósofos”.(Inserir link:)
Mó barato, isso me faz pensar até que ponto vale a pena parar em frente a uma tela de led, e presenciar a presença de uma ausência sendo que isso que é a imagem já dizia eu no IV Território do ano passado que em breve mandarei uma síntese.
Tetsuo Takita
Por Mariana Mauro (Bolsista PIBEX – ECO/UFRJ)